GATILHO versus MATRIZ DE RISCO

Introdução - 

Abordaremos neste artigo uma abordagem comparativa entre a avaliação de risco e as práticas de investigação de eventos indesejáveis ou problemas.

A avaliação de risco tem como foco a estimativa de um evento ocorrer no futuro e quais ações mitigadoras podem ser implementadas, prática comum na segurança de processos.

A investigação de eventos indesejáveisou problemas, vem a atuar após o evento ter ocorrido, na busca de soluções que evitem a recorrência do mesmo.

Avaliação e análise de risco -

Um dos maiores desafios dos gestores é exercer um balanceamento entre o planejado e o executado, conforme maior a distância observaremos um processo menos eficiente.

A avaliação de risco, pode prever estas variáveis, estimando a ocorrência de um evento prejudicial, sendo resultado declarado como um intervalo de probabilidades e suas consequências.   

Como avaliar a probabilidade de um motor parar de funcionar e como estimar as consequências? Ou por outro lado, um vazamento em uma planta químico, um acidente ou uma reclamação de um cliente?

Como prevencionistas, nossa missão é evitar que os eventos prejudiciais ocorram, sendo nossa atividade controlar os riscos existentes reduzindo a respectiva probabilidade.

A análise de risco vem a ser expressa pela valoração do risco, calculada pela identificação do perigo e possíveis consequências, a pessoas expostas ou aos ativos envolvidos. 

Outro fator que influencia no impacto, vem a ser levar em conta a frequência do mesmo, sendo a frequência considerada um multiplicador do impacto.

Sendo o cálculo; Risco = Probabilidade X Gravidade.

Nossa estratégia deve focar a redução da probabilidade e do impacto.

Investigação de eventos -

Outra abordagem de interesse, vem a ser o que fazer após o evento indesejável ocorrer, no sentido de aplicar técnicas de investigação de eventos.

A investigação do evento, vem a ser realizada de modo reativo, na busca de soluções corretivas, e eficazes que evitem a recorrência.

Na abordagem dos eventos, devemos aplicar critérios, em especial para podermos definir a técnica ou metodologia de investigação.

O impacto de um evento, ou problema, pode ser avaliado de modo qualitativo ou quantitativo, as consequências reais e potenciais e a frequência da mesma em função do tempo.

Uma técnica indicada para definir um procedimento vem a ser o critério do gatilho, sendo uma boa prática para tomada de decisão:

1.    O critério de gatilho vem a ser organizado a partir de dois fluxogramas integrados.

2.   O primeiro obliquo, representado por losangos, e definindo quais os setores que este critério vai ser aplicado: Segurança, Meio Ambiente, Receitas, Custo, Atendimento ao Cliente e/ou outros e um complementar a Frequência.

A.   Os setores a serem incluídos são definidos pela organização. 

3.   No interior destes losangos, deveremos inserir alguma métrica ou valor ou valor qualitativo, que se ocorrer uma superação – concluímos que o gatilho foi superado.

A.   Todos eventos de segurança registrados pela agência reguladorasão considerados como de grande impacto e merecem uma investigação mais consistente.

B.   Todas as reclamações de clientes.

C.   Todos eventos com frequência maior que 4 por ano.

4.   Os critérios de gatilho a serem utilizados por cada setor, devem ser definidos pelas respectivas gerencias, sendo sugerido o uso do Fator Crítico de Sucesso (FCS) como referência.

5. No momento que em pelo menos em um losango a resposta for SIM – se inicia a implantação do processo de investigação, conforme consta do procedimento elaborado e seus anexos.

Conclusão - 

Levando em consideração dos conceitos da avaliação de risco e da investigação dos problemas, recomendamos diferentes técnicas e metodologias de acordo com critérios estabelecidos.

Eventos de baixo ou médio impacto: 5 porquês e/ou diagrama de Ishikawa.

Eventos de grande impacto: metodologia de análise de causa raiz.